sexta-feira, 8 de abril de 2011

ATIRADOR QUE MATOU 12 CRIANÇAS DEIXA CARTA E FALA EM PERDÃO

“Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna.”

"Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu peço por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, por cumprindo o meu pedido, automaticamente estarão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar esse imóvel para meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não tem nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi."

EX-ALUNO INVADE ESCOLA NO RIO. MATA 12 CRIANÇAS.

Ao todo, morreram dez meninas e dois meninos. Relatos de sobreviventes da tragédia afirmam que o atirador Wellington Menezes de Oliveira, 23, mirava na direção nas meninas. Oliveira cometeu suicídio após os crimes.

Uma das alunas da escola municipal contou aos policiais que ao ouvir apelos das crianças para não atirar, Oliveira mirava na direção delas, tendo como alvo a cabeça. Os policiais informaram ainda que pelas análises preliminares há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime.

A tragédia ocorreu por volta das 8h30, quando Oliveira entrou na escola municipal, onde cursou o ensino fundamental, e disse que buscaria seu histórico escolar. Depois, diz que vai dar uma palestra e, já em uma sala de aula, começa a atirar na direção dos alunos.

Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial militar Márcio Alexandre Alves relatou que o rapaz chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam trancados em salas de aula. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira caiu no chão e se matou com um tiro na cabeça.

A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento. Em carta, o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.

A escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos --da 4ª a 9ª série, segundo a Secretaria Municipal da Educação. São 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.